quinta-feira, 4 de setembro de 2008

cotidiano.


'Aceitar é viver ', eu nunca concordei muito com essa frase, mas acho que ela se enquadra perfeitamente na minha vida hoje. Aliás vida essa que virou um amontoado de clichês.
Eu aceito perfeitamente o fato de não ter tido muito tempo. Meus dias estão turbulentos e de noite não consigo dormir com tranquilidade. A faculdade não vem me empolgando muito, e o trabalho tá cada vez mais desgastante. O que eu mais queria ter feito ontem era tomar um longo banho e dormir como se não precisasse acordar cedo no dia seguinte. Queria ter tido um boa conversa com minha melhor amiga, mas meu nome agora é Sem tempo e eu aceito.
E os 2 livros que eu comprei, os outros dois que eu começei a ler, e as apostilas da faculdade vão ter que me esperar. Assim como as pessoas, que vão ter que esperar minha paciência voltar, porque a falta de tempo vem acompanha de uma enorme falta de paciência. E espero que elas aceitem.
Eu to sem tempo pra fazer compras, to sem tempo pra fazer as coisas que eu prometi. E eu aceito. Prometi que iria ver o jogo de futebol dos meninos, prometi que iria mergulhar com um amigo querido, prometi que iria na praia toda quarta feira com um amigo recente, eles também vem aceitando bastante da minha parte.
Eu aceito o fato de não poder fazer da minha vida um livro aberto, aceito ter começado a fumar compulsivamente, aceito perder a amizade dele ( ás vezes ele realmente parece uma caricatura de gente ), e aceito os fds que parecem sempre os mesmos.
Enquanto isso, eu continuo aceitando e enfrentando as aulas da faculdade, aceitando a saudade imensa que ando sentindo das pessoas, do passado..Ando aceitando carregar o mundo nas costas por pessoas e problemas que não são meus. Diz que cada um carrega a cruz que pode, e eu vou carregando e aceitando a minha.
Claro que tem dias que eu acordo irritada, e com uma vontade gigantesca de não aceitar mais nada. Mas nesses dias eu tenho que aceitar que isso tudo faz parte, e que tudo passa. Sempre passa.
E eu aceito, mas também não sou condescendente. Eu luto, brigo, mas depois aceito. Porque afinal, depois de ter tentado tudo e não ter êxito, é porque provávelmente não tinha que ser. E eu vou aceitando... E aos poucos aprendendo que não adianta fazer birra, bater o pé, certas coisas não mudam. Simples assim.. então, eu aceito. E sou feliz. Afinal, aceitar é viver.

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